
Filha de um comandante de navios, desde pequena nutriu grande afeição
pelos rios e pela Amazônia. Ainda criança, participou de um concurso de
Jovens Escritores, obtendo o primeiro lugar, com um texto que falava do
imaginário de um caboclo amazônida.
Durante os anos 20
e 30, colaborou em jornais como o Estado do Pará, Para Todos (RJ), e
nas revistas Guajarina, A Semana e Belém Nova. Em 1930, fixa residência
no Rio de Janeiro, onde irá filiar-se ao Partido Comunista do Brasil
(PCB). Declaradamente marxista, Eneida liderou greves e manifestações
contra o sistema capitalista e as opressões do governo Brasileiro.
Envolveu-se diretamente nas revoluções de 1932 e 1935, o que resultou em
11 prisões durante o Estado Novo, além de torturas, clandestinidade e
exílio. Na prisão, conhece Olga Benário e Graciliano Ramos, que a
imortalizou em “Memórias do Cárcere”.Atuou como jornalista profissional
em periódicos partidários e da grande imprensa, nas funções de repórter e
de cronista, entremeando essas atividades com a publicação de 11 livros
e várias traduções.
Escreveu História do carnaval carioca,
a primeira grande obra sobre este assunto, que estabeleceria as
principais categorias do carnaval brasileiro ao definir o conceito de cordões, corso, ranchos, sociedades e entrudo, entre tantos outros. Foi criadora do baile do Pierrot no Rio de Janeiro e em Belém.
As escolas de samba Salgueiro em 1973, com o tema Eneida, amor e fantasia e Paraíso do Tuiuti em 2010, com "Eneida, o pierrot está de volta", homenagearam a jornalista no carnaval.
Obras
- História do carnaval carioca
- Terra verde, poesia;
- O quarteirão, crônicas;
- Paris e outros sonhos, crônicas;
- Sujinho da terra, crônicas;
- Cão da madrugada, crônicas;
- Aruanda, crônicas;